Casa de Recuperação e Benefícios Bezerra de Menezes

Blog da Família

Tudo o que fizerdes a um destes pequeninos, é a mim que fareis. — Jesus

ENTREVISTA INICIAL

Estamos estreando, neste mês de novembro de 2016, o espaço dedicado à Evangelização no site da nossa Casa. E, portanto, nada melhor do que começar apresentando o trabalho realizado aos sábados. Para isso, conversamos com Mário Danner, coordenador da Evangelização Infantil – que acontece aos sábados pela manhã – e com o superintendente-geral, Evaldo Feliciano, responsável pela Evangelização como um todo – Evangelização Infantil e Mocidade, que acontece aos sábados à tarde e é coordenada pelo nosso irmão Rodrigo Costa.

Nesta entrevista, nossos irmãos comentam sobre o lindo e importante trabalho realizado pela CRBBM na evangelização de espíritos. Como o texto ficou grande, vamos dividí-lo em duas postagens.

Mas como dito acima, trata-se do pontapé inicial da Evangelização neste espaço. Pretendemos abordar aqui diversos temas de interesse dos pais e responsáveis, assim como também dos jovens da nossa sociedade.

Venham nos visitar mais vezes! Muitas novidades e muita conversa teremos por aqui! Proponham sugestões, façam as perguntas que gostariam de ver esclarecidas à luz da Doutrina Espírita e, finalmente, venham nos visitar aos sábados. Esperamos por vocês!

1) Como era e como é, hoje, a Evangelização da CRBBM?

Mário: Estou na Casa há mais de 15 anos e a Evangelização foi o meu primeiro trabalho. No início, era um grupo muito pequeno. Nos reuníamos em roda - todos os evangelizadores, pais, responsáveis e as crianças - no segundo andar, onde todos se harmonizavam juntos. A harmonização já era feita com música, com alguns violões de familiares e, também, músicas de CDs. Usávamos muito esse recurso. Foi um início de muito aprendizado para mim. Até hoje é. Mas não abríamos mão de duas coisas: as diretrizes da Casa – que já eram a nossa base desde então - e a orientação da FEB para a Evangelização Infantil. Estruturamos a nossa Evangelização a partir dessas orientações. Além disso, não abrimos mão do foco que são as crianças e os pais e responsáveis. Nossa meta é a evangelização de pais, responsáveis, tios, avós e das crianças também. Porque uma não acontece sem a outra. Na verdade, acreditamos que quem realmente evangeliza é a família. Nós apenas orientamos, organizamos e damos o impulso necessário para que a evangelização aconteça seis dias da semana na casa das famílias e, pelo menos, um dia na nossa Casa, durante uma hora e meia. A nossa Evangelização cresceu muito, graças a Deus e graças aos mentores da Casa, porque, à medida que o trabalhador fica pronto e aparece, o trabalho também aparece. E, de lá para cá, desses mais de 15 anos até hoje, vimos a nossa evangelização crescer muito em quantidade, qualidade e complexidade. Nosso compromisso e desafios aumentaram muito. E também nossas responsabilidades! A nossa preocupação é nos preparar cada vez melhor para atender essas crianças e também nos evangelizar. Não existe evangelização sem evangelizador evangelizado, isso é muito importante. O início de tudo é a evangelização do evangelizador e, para isso, é muito importante o estudo e a participação nas reuniões da nossa Casa. E continuamos o nosso trabalho, cada vez mais nos preocupando com a organização e com a estrutura. Hoje, atendemos crianças desde os 6 meses de idade - no grupinho “Verde” - até os 14 anos – no grupo Acerola -, já preparando a transição para a Mocidade. A nossa preocupação continua, nosso foco permanece e agradecemos muito à Espiritualidade por essa oportunidade maravilhosa da evangelização dos espíritos encarnados e desencarnados que recebemos todo sábado pela manhã em nossa Casa.

Evaldo: Eu só tenho 15 anos na Casa. Nesse período, a Evangelização cresceu muito em quantidade e em qualidade também. Ela é feita de uma maneira muito gostosa. Todos nós estamos crescendo muito com o trabalho ao longo desse tempo. Lembro-me de que, há um tempo atrás, havia somente três grupos , com aproximadamente 20 crianças no total, e, hoje, temos sete grupos, com a soma de aproximadamente 100 crianças. Ou seja, em 15 anos a nossa Evangelização praticamente quintuplicou.

2) Qual é o papel do evangelizador nesse trabalho?

Mário: O papel do evangelizador na nossa Casa é muito importante. O evangelizador é um elo essencial dessa corrente de luz, que começa no Alto, sob a orientação dos nossos Mentores - que nos induzem intuitivamente, orientam, acompanham e amparam durante todo o tempo do trabalho dentro e fora da Casa. Como o evangelizador trabalha com a sensibilização de espíritos de crianças, não importa a idade, ele precisa se sensibilizar, estar mais preparado, se autoevangelizar e autoconhecer cada dia mais. E, para isso, não há outro caminho senão o estudo e as ações no bem. A frequência à Casa é fundamental, com certeza, mas se sensibilizar com tudo o que está à sua volta e com os problemas que vivemos é muito importante também. Esse evangelizador precisa estar atento a todos os acontecimentos, pesquisar muito, trazer novas metodologias, estar sempre buscando a ludicidade, brincadeiras, músicas, vídeos, dramatizações, textos, notícias de jornal, tudo o que possa despertar nas crianças a consciência cristã que guardamos dentro de nós. O evangelizador tem o papel de ser um elo dessa corrente e poder estruturar esse trabalho - eminentemente coletivo - dentro da Casa Espírita. Essa é uma característica da Evangelização e do evangelizador da nossa Casa: todo o trabalho é coletivo, tudo é discutido, decidido e encaminhado a partir das decisões de um colegiado, de um grupo, praticamente de todos que trabalham na nossa Evangelização. É um trabalho contínuo, de muita alegria e, ao mesmo tempo, de muita responsabilidade, autocrescimento e evolução. Os maiores beneficiados com a Evangelização Infantil talvez sejam os próprios evangelizadores, pois recebem muito da Espiritualidade. A troca realizada com as crianças e com as famílias nos faz crescer muito.

Há também um outro aspecto muito importante do papel do evangelizador da Casa que gostaria de citar: o de acolher. Desde o portão de entrada, passando pelo corredor, pelo salão, em todos os lugares e em todo o tempo, o evangelizador está acolhendo esses espíritos, crianças e famílias, muitas delas chegando angustiadas, com dificuldades na educação dos seus filhos, buscando orientação. O acolhimento, o saber ouvir, é de fundamental importância dentro do nosso trabalho como evangelizadores.

Evaldo: O objetivo principal do evangelizador, a meu ver, é o de despertar no evangelizando o interesse pela doutrina que Jesus nos ensinou. Com os pais e responsáveis, é a mesma coisa, com a diferença que eles têm também a responsabilidade de fazer com que as crianças venham à Casa. Eles também estão sendo evangelizados, mas têm uma responsabilidade a mais: trazer as crianças e ajudar na evolução desses espíritos. (CONTINUA)

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