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Blog da Família

Tudo o que fizerdes a um destes pequeninos, é a mim que fareis. — Jesus

PRECONCEITO RACIAL:
O AMOR NÃO TEM COR

Há poucos dias, no principal jornal da cidade do Rio de Janeiro, foi publicada uma matéria a respeito de uma postagem no Facebook, na qual um adolescente xinga uma celebridade apenas pelo fato dela ter a pele da cor negra. Estamos em pleno século XXI e ainda convivemos com esse tipo de preconceito. Com o alcance das redes sociais a milhares de pessoas em apenas um clique, imagine o mal que uma mensagem dessas pode causar para a autoestima delas!

Mas, o que a Doutrina Espírita diz a respeito?

A Doutrina Espírita contribui muito favoravelmente para a extinção dos preconceitos raciais, revelando que somos todos espíritos em evolução, submetidos à experiência reencarnatória. E que podemos ressurgir na Terra como negros, brancos ou amarelos, em qualquer continente ou região, de acordo com os nossos compromissos e necessidades.

Não há por que cultivar discriminações, sejam elas de cor, raça, credo, gênero ou quaisquer outras. Não só porque temos todos a mesma origem - que se perde na noite dos tempos -, mas, sobretudo, porque a Lei Divina determinará que reencarnemos entre aqueles que outrora discriminamos. Há inúmeros relatos em obras mediúnicas, dando-nos notícias de fazendeiros que judiavam dos negros e que retornaram como escravos africanos, antissemitas que voltaram como judeus para sentir na própria pele o que é esse preconceito e muitos outros. Ou seja, as discriminações não fazem sentido algum e quem discrimina aprenderá, de acordo com a Lei de Causa e Efeito, sentindo na própria pele o efeito da sua discriminação, uma vez que “o plantio é livre mas a colheita é obrigatória”.

Durante Sua vida na Terra, Jesus mostrou grande amor e compreensão por todas as pessoas. Ensinou pobres, ricos, rejeitados e pecadores. Ele não fazia nenhuma distinção entre as pessoas. Ensinou-nos a amar a todos e a ajudar-nos mutuamente.

Deus não nos distingue pelos corpos. Todos os seres humanos são iguais na balança Divina e só as virtudes nos distinguem aos olhos de Deus.

Todos os espíritos são de uma mesma essência e todos os corpos são modelados com igual massa.

Quando nossos filhos são os agredidos, precisamos ajudá-los a serem tolerantes com a falta dos agressores. Ensiná-los que todos sofremos injustiças das mais diversas ordens, mas que precisamos aprender a suportar com coragem as humilhações dos outros e pensar que eles são os doentes e ignorantes, que não sabem, na verdade, o que fazem ou dizem. Com amor e compreensão, devemos ajudar nossos filhos a manterem sua autoestima elevada e a não revidar “na mesma moeda”. Suportar com coragem as humilhações é ser humilde e reconhecer que só Deus é grande e poderoso.

Quando nossos filhos são os agressores, é nosso dever ensiná-los a pedir perdão pelo mal que cometeram ao outro, que merece tanto respeito quanto ele. Ensiná-lo, também com amor e paciência, que todos somos iguais e estamos sujeitos a agressões. Que nenhuma agressão é salutar, por mais que possamos achar que temos motivos para isso.

Chico Xavier disse uma vez: “Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!”

Racismo e tolerância são aprendidos. Está aí mais uma missão que os pais devem abraçar para que o mundo se torne cada vez melhor e possamos extinguir esse mal ainda neste século.

Felizmente, também, foi publicado na grande imprensa que a celebridade ofendida perdoou o seu ofensor. O perdão é muito saudável. Embora a dor e a raiva causados por uma ofensa nos machuquem muito, superar e perdoar é libertador e nos libera para seguir em frente sem mágoas ou ressentimentos. Perdoar nos tira um peso e não nos deixa à mercê da ira e da necessidade de vingança, por isso nos faz sentir mais leves e livres. Vamos ensinar as nossas crianças a perdoar e assim estaremos construindo um mundo melhor.

Para os que consideram a necessidade do uso da lei, nos casos mais graves, deixamos para reflexão um ensino precioso da obra "Os Quatro Evangelhos", de Roustaing, que se aplica perfeitamente aos casos de racismo e aos de preconceito, em geral: "Deixai que as leis sejam executadas, quando houverdes inutilmente empregado os meios que a caridade vos faculta para encaminhar os que se tenham afastado dela e do amor" (Tomo I, item 85).

Veja também as mensagens anteriores desse espaço no Arquivo do Blog da Família.

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