Retrato de Bezerra de Menezes

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Bezerra de Menezes

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da humanidade. - Allan Kardec

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ASSISTÊNCIA SOCIAL E ESPIRITISMO

Mãos protegendo figura de pessoas de mãos dadas, feita de papelDiante das multidões esfaimadas, dos velhos ao desabrigo, das crianças socialmente abandonadas, dos doentes ao desamparo, da mendicância e da dor contemplas, através das telas da imaginação, a humanidade espírita-cristã do futuro e antevês os tesouros da assistência social ao alcance de todos, oferecendo bênçãos e socorro em abundância...

Desejas, desde logo, antecipar essa Era de Paz, procurando erguer uma Instituição que possa expressar a realidade do amor em bases positivas com socorro e assistência aos aflitos da Terra. E pensas em assistência social, falas sobre assistência social, realizas assistência social.

Aqui como ali, tocados pelo mesmo entusiasmo, companheiros de lide espírita levantam obras assistenciais respeitáveis, capazes de atenuar muito sofrimento e diminuir muitas dores.

O primeiro sinal da conversão ao Espiritismo para muitos é caracterizado pelas "mangas arregaçadas do paletó" no serviço de assistência social, objetivando o próximo combalido.

Impulso nobre, merece, no entanto, consideração e exame...

A dor que tumultua o coração do homem do presente conserva, todavia, raízes fixadas no passado...

Tentar o cultivo em solo coberto de mata espessa e danos, seria candidatar as valiosas mudas à asfixia e à morte, em não se cuidando do arroteamento cuidadoso da terra.

Por isso é indispensável mergulhar a meditação nas causas do sofrimento humano e, utilizando os ensinos espíritas, visitar a intimidade das mentes fazendo luz íntima...

Podes apresentar os evidentes sinais da convicção espírita sem os atavios do movimento externo que todos identificam, procedendo de maneira segura e concisa intimamente.

Tantos se preocupam com as consequências dos males, que olvidam as causas dos males em si mesmas.

É imperioso, pois, colimar os objetivos espiritistas no panorama moral da própria alma.

Conduta reta, fidelidade ao dever, respeito às tarefas alheias e alheios direitos, discrição e sinceridade, cultivo da fé e da humildade, tolerância com perseverança nos ideais esposados, mesmo quando haja conspiração aparente do mal, renúncia às ambições com os derivados da alegria espontânea e de um coração rico de esperança também são altas expressões de identificação espírita e renovação social que, todavia, começa em quem pretende retificar e solucionar os problemas alheios.

Não pretendemos colocar à margem as tarefas ponderáveis da moderna filantropia, da considerada assistência social. Desejamos, apenas, realçar o valor que vai sendo desconsiderado, de situar em primeiro plano o Espiritismo que objetiva a estruturação moral do homem nas lídimas bases evangélicas; e estas são essencialmente as da reforma interior com as consequentes manifestações do amor ao próximo... como a si mesmo.

Nem Espiritismo sem assistência social, nem assistência social sem Espiritismo, para nós espiritistas encarnados ou desencarnados.

***

Salão repleto de pessoas assintindo a uma pequena encenação teatralO Espiritismo, como bem definiu Allan Kardec "trata da origem, da natureza e do destino dos espíritos..." convidando o homem para ser "hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje".

Assim sendo é imperiosa a tarefa de estudá-lo, buscando conhecer as nascentes da vida, a jornada do princípio espiritual e trabalhando com segurança e valor a si mesmo para, renovado cada dia, apresentar o índice de melhoria moral e espiritual de cada hora.

O conhecimento da Doutrina Espírita colima na sua aplicação com a assistência social; no entanto, a recíproca não é verdadeira.

Espalhemos a Revelação Espírita e, iluminando os que esmagam e estrangulam corações estimulando a miséria, o desconforto, o abandono de grande parcela da humanidade, estaremos salvando o amanhã, porquanto, o homem generoso e esclarecido de agora não renascerá para ressarcir e recuperar nas palhas da pobreza e na enxerga da dor.

E guardemos a certeza de que, ao lado da assistência material que possamos doar, a assistência moral e espiritual deve ter primazia.

Alguns amigos menos esclarecidos falarão sobre sectarismo, outros poucos afervorados à convicção espiritista informarão que o auxílio não deve ser trocado pelo impositivo do ensino...

Não lhes dês ouvidos.

Derrama no gral da generosidade que te enobrece o perfume da fé renovadora que te liberta e dá a libar, a quantos te buscam, esse incomparável elixir...

Quando te encontrares com a moderna metodologia da assistência social nunca te esqueças de, depois dela, converteres o coração, junto ao sofredor, em dois braços abertos à semelhança de Jesus, guardando a postura de quem deseja, no próprio seio agasalhar a dor.

***

O Inimitável Governador da Terra, homenageado por jubilosa cortesã, antes obsidiada e recém-liberta, que lhe untava os pés com perfume raro, respondeu a Judas, que pensava a respeito da aplicação que se poderia dar à essência exótica, se transformada em moedas e dirigidas aos necessitados: "os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes"...

Aromatizemos a senda por onde seguimos ajudando e amando; mas conhecendo, também, quem somos, donde viemos e para onde vamos, procedamos com equidade e honradez, oferecendo ao mundo atormentado a segurança de nossa renovação espiritual com o amor dilatado em forma de auxílio a todas as criaturas.

(Fonte: Dimensões da Verdade – Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)

UMA BOA IDEIA

Mahatma GandhiCerta feita perguntaram a Mahatma Gandhi o que ele achava da civilização ocidental:

Resposta:

- Acho que seria uma boa ideia.

Bem-humorado e perfeito o pensamento do grande líder espiritual.

Para entender o alcance de suas palavras, consideremos civilização, em sua expressão mais simples, como sinônimo de uma coletividade orientada por organização social adequada, leis justas e igualitárias que promovam o bem-estar da população.

Oportuno lembrar, a propósito, que todos os homens têm direito à vida, à liberdade e à felicidade, como sugere a proclamação da independência dos Estados Unidos da América.

A população, por sua vez, numa civilização, exercita a cortesia, o respeito às normas e ao próximo, guardando fidelidade à própria consciência.

Dá para perceber por que Gandhi fala de uma boa ideia, dando a entender que não temos uma civilização em toda sua abrangência, já que esses princípios estão longe de serem observados em qualquer país do Ocidente.

Na verdade, caro leitor, não são observados em plenitude em nenhum país deste nosso Mundo de Expiação e

Provas, orientado pelo egoísmo.

***

Na questão 793, de O Livro dos Espíritos, interroga Kardec:

Por que sinais se pode reconhecer uma civilização completa?

Reconhecê-la-eis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados, porque fizestes grandes descobertas e invenções maravilhosas; porque vos alojais e vos vestis melhor do que os selvagens. Contudo, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando houverdes banido de vossa sociedade os vícios que a desonram e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então, sereis apenas povos esclarecidos, que só percorreram a primeira fase da civilização.

Perfeito!

Temos os esclarecimentos necessários para compor uma civilização, mas entre o saber e o fazer interpõe-se o velho egoísmo humano, que usa o saber em proveito próprio, comprometendo o fazer.

Entendo que o trânsito para uma verdadeira civilização implica admitir o saber como indeclinável convocação para o fazer.

O problema está em definir bem o saber, porquanto muita gente pensa saber tudo e não sabe nada, enfeitando-se de cultura, aprendendo muito sobre os mais variados assuntos, mas permanecendo ignorante no assunto fundamental - a Vida.

Enquanto não entendermos o que é a Vida, de onde viemos, por que estamos na Terra, para onde vamos, patinaremos em termos de saber. Estaremos apenas a incensar o egoísmo com a pretensão de que somos melhores do que o próximo, sem noção sequer de porque existimos.

Mahatma GandhiA propósito, vale lembrar o encontro de Jesus com Hanā, um sacerdote judeu, no início de seu apostolado, descrito por Humberto de Campos, no livro Boa Nova, um dos mais importantes psicografados por Chico Xavier:

- Galileu, que fazes na cidade?

- Passo por Jerusalém, buscando a fundação do Reino de Deus! - exclamou o Cristo, com modesta nobreza.

- Reino de Deus? - tornou o sacerdote com acentuada ironia. - E que pensas tu venha a ser isso?

- Esse Reino é a obra divina no coração dos homens! - esclareceu Jesus, com grande serenidade.

- Obra divina em tuas mãos? - revidou Hană, com uma gargalhada de desprezo.

E, continuando as suas observações irônicas, perguntou:

- Com que contas para levar avante essa difícil empresa? Quais são os teus seguidores e companheiros?... Acaso terás conquistado o apoio de algum príncipe desconhecido e ilustre, para auxiliar-te na execução de teus planos?

- Meus companheiros hão de chegar de todos os lugares - respondeu o Mestre com humildade.

- Sim - observou Hanã -, os ignorantes e os tolos estão em toda parte na Terra. Certamente que esse representará o material de tua edificação. Entretanto, propões-te realizar uma obra divina e já viste alguma estátua perfeita modelada em fragmentos de lama?

- Sacerdote - replicou-lhe Jesus, com energia serena -, nenhum mármore existe mais puro e mais formoso do que o do sentimento, e nenhum cinzel é superior ao da boa vontade.

Impressionado com a resposta firme e inteligente, o famoso juiz ainda interrogou:

- Conheces Roma ou Atenas?

- Conheço o Amor e a Verdade - disse Jesus convictamente.

- Tens ciência dos códigos da Corte Provincial e das leis do Templo? - inquiriu Hană, inquieto.

- Sei qual é a vontade de meu Pai que está nos céus. - respondeu o Mestre, brandamente.

***

Beleza de diálogo, amigo leitor.

Com a simplicidade da sabedoria autêntica, Jesus nos ensina que o amor e a verdade são as bases de construção de uma verdadeira civilização, a partir do empenho em compreender qual é a vontade de Deus.

Quando tais princípios forem assimilados, a civilização ocidental deixará de ser apenas uma boa ideia.

(Fonte: Richard Simonetti - publicado em Reformador, de novembro de 2011)

OS EVANGELHOS EXPLICADOS:
APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO, ENTRE OS DOUTORES

(Lucas, 2: 41 a 52)

Jesus entre os doutores58. Quanto à resposta que deu a Maria, nem esta, nem José a compreenderam, porquanto ambos, no momento, supuseram que Ele se referia ao segundo como pai e não ao Pai celestial, cujo reinado preparava.

59. Os que acham perfeitamente claro o sentido destas palavras: “Não sabeis ser preciso que me ocupe com o que respeita ao serviço de meu Pai” — e entendem que claro devia ele ser também para Maria e para José, uma vez que o Anjo lhes anunciara ser Jesus Filho de Deus, esses esquecem que em José e em Maria, revestidos da carne, se verificava a imperfeição das faculdades humanas.

60. Desde o nascimento, já o dissemos, Jesus vivia, aos olhos de seus pais, uma vida ordinária, no sentido de que seus atos exteriores não apresentavam nenhum cunho de singularidade, relativamente aos homens, nada havendo neles que lhe caracterizasse a origem extra-humana. A impressão produzida pela revelação e pelos fatos que se lhe seguiram, até ao regresso do Egito, se havia pouco a pouco apagado. O termo pai, referido a José, foi a única coisa que, no momento, os impressionou, sem que, entretanto, o houvessem compreendido. Tudo que é de carne é obtuso. Se a existência de Jesus não causava admiração a Maria, nem a José, é que, quando ela pensava na origem do Filho, a inteligência se lhe toldava a esse respeito, com tanto mais razão quanto era necessário que a natureza do menino, tal como a revelação o anunciara, não fosse ainda conhecida.

61. Não vos admireis de que Maria e José tenham referido ao último, como pai, a resposta de Jesus, nem de que Maria, dirigindo-se a este, se exprimisse assim: “Meu Filho, aqui estamos teu pai e eu que aflitos te procurávamos”, pois que não só Maria se acreditava mãe de Jesus, por encarnação humana e ao mesmo tempo divina, milagrosa, como também Jesus lhe chamava mãe. E devendo José passar, perante os homens, por ser o pai de Jesus, este até então lhe chamara pai. Não vistes que — quando José pretendia repudiar Maria — o Anjo lhe disse que a tomasse por esposa sem lhe denunciar a gravidez? Ele, portanto, estava ciente de que devia passar por ser o pai do menino. Com efeito, do momento em que, mau grado ao estado de gravidez, embora fosse esta aparente, a mulher era aceita, o esposo se reconhecia por pai do nascituro.

62. José ignorava quanto tempo devia esse erro durar. Repetimos: no trato com José, Jesus lhe dava o título de pai, o que dirigiu para ele o pensamento de Maria, ao ouvir a resposta do Filho.

63. Essa resposta de Jesus foi a primeira alusão por Ele feita à missão que vinha desempenhar. Cumpria-lhe proferir palavras que repercutissem no futuro.

(Fonte: "Os Quatro Evangelhos", org. de Jean Baptiste Roustaing, psicografia de Émilie Collignon, Ed. Ibbis, Brasília, 2022. Tomo I, Item 47, parágrafos 58 a 53)


ESTUDOS FILOSÓFICOS:
A maior e melhor série de artigos
da literatura espírita brasileira está de volta!

Artigo CDXVII - Gazeta de Notícias, 01-12-1895

Retrato de Bezerra de MenezesO órgão do Catolicismo no Brasil ainda uma vez lembrou-se do Espiritismo, não para estudá-lo, mas para esconjurá-lo.

Em seu no. de 22 de novembro, o piedoso órgão da doutrina do Manso Cordeiro esqueceu, por momento, sua missão de paz e amor – e, respirando ódio, que já o poeta latino estranhava179, apesar de pagão, votou os desgraçados espíritas às fúrias do Inferno.

Seja tudo pelo amor de Deus!

Padres que deviam chorar sobre a sorte lamentável de seus irmãos – que, em vez de repeli-los, deviam com as carícias do santo amor, procurar arrancar-lhes o mal do coração e trazê-los ao aprisco do divino Pastor, caírem sobre os pobres, já de si desgraçados, com paus e chuços180, como quem ataca ferozes animais!

É assim... é assim mesmo.

Jesus falou para esses na Parábola do Viandante que caiu ferido no meio da estrada de Jerusalém para Jericó.

“Aconteceu, pois, que passava pelo mesmo caminho um sacerdote, e quando o viu , passou de largo.

“E assim mesmo um levita, chegando perto d’aquelle lugar, passou de largo.

“Mas um samaritano, que ia seu caminho, chegou perto d’ele, e quando o viu, se moveu à compaixão.”

Ou não é dado a um endemoniado entender a doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo – ou temos razão de lamentar que ministros do altar do Deus vivo, renegando àqueles puríssimos exemplos de amor e caridade, cuspam injúrias às faces dos transviados.

O samaritano da divina parábola, no caso do Apóstolo, viria a nós, movido à compaixão e à piedade; e procuraria, imitando a doçura do louro Nazareno, apagar em suas lágrimas o fogo que já nos devora em vida.

Jesus curou os endemoniados!

O Apóstolo não quer saber de misericórdia. Vai passando de largo, e tão de largo que nem uma palavra de salvação atira a seus irmãos feridos na estrada.

Não admite a regeneração do mau?

Por que, então, não estabelece, em suas colunas, um apologético da doutrina da Igreja romana (infalível) como corretivo dos erros da Doutrina Espírita (diabólica)?

São erros novos; precisam do novos corretivos – e o padre, “que é eterno por seu caráter, deve ser do momento por seu ensino”.

Quantas vítimas perderia Satanás, se o órgão do Catolicismo, em vez de seguir o exemplo do sacerdote e do levita, seguisse o do samaritano!

Mas como fazê-lo se o padre, que possui um pouco de inteligência, reconhece em seu íntimo, que o Espiritismo, moralmente, consulta melhor o Evangelho do que as práticas da Igreja – e, se cientificamente revela princípios e leis, que não podem ser refutados?

Para convencer, é preciso estar convencido – e o padre sabiamente foge ao combate, convicto de que as vantagens estão do lado de seus adversários.

Não vedes como o Apóstolo, só aguilhoado, diz umas coisas sem nexo, como a que se lê no artigo, com que nos ocupamos?

Ele o confessa por estas palavras: “Para justificar-nos diante daqueles que nos perguntam por que razão deixamos impunemente vagar nesta terra o Espiritismo…”.

O grifo é nosso, para indicar o retraimento do órgão clerical, tal que precisa de justificação.

Em má hora os jacobinos religiosos aguilhoaram aos que prudentemente se têm recolhido à penumbra, d’onde assistem à passagem triunfal das novas ideias, complementares da Revelação Messiânica.

Em má hora; porque, obrigados a dizerem contra sua razão e contra sua consciência, despropositaram e disseram coisas que desabonam o caráter do homem e a missão do sacerdote.

Dizer que o Espiritismo, na Europa e na América do Norte, está sob a ação da polícia, para debelá-lo como uma verdadeira epidemia!

O Apóstolo, obrigado a falar contra a consciência, para não perder a freguesia do reino do mundo, apanhou, no ar, aquela invectiva, a que deu as cores das produções de Swift.

Debelado na Europa e na América do Norte, onde exatamente o Espiritismo domina as grimpas183 das sociedades – onde é o assunto obrigatório das cogitações dos sábios – onde tem reunido majestosos congressos, a que têm concorrido, mais do que bispos a concílios, sábios de todas as nações civilizadas!

Pobre Apóstolo, reduzido a negar a verdade conhecida por tal – a pecar contra o Espírito Santo, para satisfazer a seus apaixonados correligionários!

E, como se fosse pouco esse sacrifício, ei-lo a citar fatos de loucura, como obras do Espiritismo.

Não temos espaço para demonstrar, como estes fatos depõem tanto contra o verdadeiro Espiritismo, quanto depõem contra a verdadeira religião de Jesus Cristo os fatos do abuso do confessionário, a que têm sido sacrificadas milhares de vítimas inocentes – a paz, a felicidade e a honra das famílias.

E, mesmo, sob o ponto de vista da loucura, que é muito menos do que a prostituição de mulheres, não sabe o Apóstolo que a religião tem feito muitos loucos – que a pura ciência os tem feito e que, fora da ciência, da religião e do Espiritismo não se conta o número dos que enlouquecem?

Para que falar às paixões cegas, quando o seu ministério lhe impõe o dever de esclarecer à inteligência?

Dizeis: que o Espiritismo, cuja moral é a do Evangelho, atrai os incautos pelas manifestações diabólicas “inconstestavelmente reais”.

Se as manifestações espíritas são diabólicas, queremos fazer- vos uma obra de caridade, comunicando-vos e facultando-vos ocasião de verificar: que mais da metade dos que se manifestam, sofrendo, se dizem padres – e até papas.

E, pois, os padres também pertencem ao rebanho de Satanás!

Max.

(Da União Espírita)

Fonte: Confira o original deste artigo no arquivo da Hemeroteca da Biblioteca Nacional. Para conhecer os demais artigos dessa coleção e seus volumes publicados por nossa CASA visite por favor nossa Biblioteca Virtual.

(*) Dr. Bezerra refere-se aqui ao confrade Manoel Antônio de Mello, grande trabalhador de nossas fileiras ao final do século XIX, no Rio de Janeiro. O Reformador de dezembro de 1894 prestou-lhe bela e merecida homenagem, que reproduzimos no prefácio do quarto volume desta coleção, publicada por nossa CASA.